
Notas:
1) Paredes de vedação;
2) Casas térreas de vãos moderados (3m a 4m);
3) Sobrados de vãos moderados;
4) Prédios de 4 pavimentos de vãos moderados.
Concreto Graute
O graute é um microconcreto que serve para preencher as cavidades dos blocos, onde são acomodadas as armaduras verticais e as amarrações das paredes através de grampos. Serve também para suprir as deficiências locais da argamassa de assentamento ou dos blocos. Também neste caso os valores constantes da tabela abaixo são indicativos e não substituem os ensaios e recomendações de projeto.

Assentamento
A colocação da argamassa nos blocos pode ser feita de duas maneiras:

*Ferramentas utilizadas: bisnaga, colher meia cana ou a tradicional colher de pedreiro.
Nos extremos das paredes podem ser assentadas várias fiadas para facilitar a colocação das linhas. Os blocos dos cantos deverão ser assentados com o auxilio do escantilhão e régua técnica de prumo e nível.

Tratando-se de alvenaria aparente, recomenda-se que o frisamento seja executado antes do endurecimento total da argamassa de assentamento.

A limpeza pode ser efetuada após o frisamento utilizando-se pano grosso ou esponja seca, evitando-se com isso produzir manchas (esbranquiçamentos) sobre os blocos. Permanecendo restos de argamassa endurecida que venham a formar crostas sobre a alvenaria, recomenda-se a utilização de escova de aço com cerdas finas.
Colocação das armaduras e graute
Quando o projeto estrutural prevê a utilização de enrijecedores verticais (pontos e graute), a colocação das armaduras deve ser precedida da limpeza das rebarbas de argamassa dos furos e aberturas das espias na base das paredes, para controle da chegada do graute até o fundo do furo.

O lançamento do graute, efetuado após a limpeza do furo, deve ser feito no mínimo após 24 horas do assentamento dos blocos. A altura máxima de lançamento é de 3m. Recomenda-se, no entanto, lançamentos de alturas não superiores a 1,40 m com graute auto-adensável.
Amarração das paredes
Pode ser de tres tipos: direta, com ferros em formato “L” e com ferros em gancho.
Amarração direta
Executada através do entrelaçamento dos blocos, este tipo de amarração só é possível em blocos cuja espessura tenha o valor da metade do comprimento utilizado na modulação. Exemplos: blocos da linha 15x20x30, linha 20x20x40.

Obs.: Nas alvenarias com ferragem vertical, este tipo de amarração proporciona economia de graute, ferragem vertical e grampos.
Amarração com ferros em “L“ ou com ganchos
É usada quando o bloco a ser utilizado não permite amarração direta. Os ferros utilizados são do tipo CA-50 e bitola de 5 mm; essas amarrações deverão ser feitas alternadamente a cada duas fiadas, entre as juntas.
Amarração em “L“

Vergas e contravergas
Nas aberturas de portas são colocadas vergas, e nas janelas, vergas e contravergas (recomenda-se apoio lateral maior ou igual a 40 cm).

Cintas de amarração (apoio de lajes)
São utilizadas em toda extensão das paredes estruturais. Nos casos de lajes pré – fabricadas ou lajes painel, recomenda-se enrijecer as canaletas com concreto até a altura das mesmas, garantindo a solidarização com a parte superior através de estribos ou arranques.

Tubulações embutidas
Recomenda-se não realizar cortes horizontais e transversais. Para as instalações elétricas deve-se utilizar o próprio furo dos blocos.

Fixação de parafusos
A sustentação de diferentes esforços pontuais de tração aplicados à alvenaria pode ser resolvida pela fixação de buchas de nylon e químicas.
Juntas de dilatação
Devem ser constituídas e verticais para possibilitar movimentos relativos, proporcionando completa separação entre dois blocos. Devem ser previstas onde se conhece a máxima variação de temperatura ou a máxima expansão devido à umidade.

Revestimentos
A absorção superficial dos blocos cerâmicos resulta em ótima aderência aos mais diversos tipos de revestimentos existentes no mercado, alem da possibilidade de deixar a alvenaria aparente, com simples tratamento superficial. Dentre algumas opções de revestimentos, destacam-se:

Normas Técnicas
A ABNT dispõe das seguintes normas sobre o uso de bloos cerâmicos em alvenaria.
NBR 15270-1/05 - Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos.
NBR 15270-2/05 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos.
NBR 15270-3/05 - Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e estrutural - Métodos de ensaio.
*OBS:A NBR 15270 cancela e substitui as NBR 7171/92, 8042/92, 8043/83 e 6461/83.
Ferramenta de Competitividade-
O perfil do mercado, cada vez mais exigente por qualidade e novas tecnologias, força o setor a organizar-se para enfrentar a concorrência cada vez mais competitiva.
O PSQ como ferramenta para a qualidade, auxilia as empresas a enquadrarem blocos e telhas cerâmicos e processos de acordo com mudanças competitivas e tem papel
importante para que as empresas tornem-se referência e fomentem a qualidade, contribuindo direta e indiretamente para elevar a imagem do setor e dos blocos e telhas
cerâmicos, reduzir perdas no processo produtivo com maior sistematização da produção, aumentar produtividade, conquistar e manter mercado, valorizar e divulgar as
empresas que fabricam produtos conforme as normas, atender exigências (Caixa, Inmetro, construtoras, revendas, consumidores diretos etc), desenvolver estratégias de
marketing, agregar valor ao produto, trabalhar a melhoria contínua da qualidade, ser apontado como opção qualificada de compra e combater a não conformidade
intencional nas revendas com ações específicas e dirigidas.
Confira neste vídeo abaixo desenvolvido e disponibilizado pela ANICER- Associação Nacional da Indústria Cerâmica em parceria com o SEBRAE os procedimentos de execução
de alvenaria estrutural com os blocos cerâmicos estrutural, desde as ferramentas necessárias para e equipamentos de segurança para a execução da alvenaria,
armazenamento dos blocos e muito mais.